The Beach [Missão One-post para Samantha Grace]

The Beach

Samantha, a mais nova arqueira de Apolo decidiu passear numa das praias do Hawaii, pra se acostumar com a mudança de vida e também para aproveitar, pois o dia estava lindo e ela estava sem nenhuma tarefa a fazer. Ela estava observando o mar, pensando em algo, o vento levava o seu cabelo em sentido oeste e o os raios de sol forte faziam-lhe muito bem. Mas a ilha vulcânica escondia perigos inesperados, um Telquine filhote estava observando a garota na água, parecia dócil, mas com ideias perversas em mente e uma empousai não muito longe dali farejou um semideus próximo de onde ela estava e correu para seu encontro.

Pontos obrigátorios:

Instrunções:

Assunto: The Beach Seg Nov 12, 2012 2:44 pm

Acordei sentindo-me estranha. Estava bem cedo, nenhum dos outros arqueiros ainda havia se levantado. Vesti-me e desci para tomar café da manhã. Quando cheguei à cozinha, percebi que não tinha fome alguma. Estranho, normalmente era a mais esfomeada dali. Os outros faziam algumas piadas com relação a isso, eu achava engraçado. Mas hoje não tinha fome alguma. Suspirei. Talvez uma caminhada na praia me fizesse bem. Para garantir que eu não desmaiasse caso não comesse nada, peguei uma maçã e segui para a praia.
O vento zunia em meus ouvidos. Tirei uma mecha loira do rosto e comecei a caminhar na areia fofa. Coloquei a maçã entre meus dedos e comecei a analisar sua casca. Vermelha e brilhante, aparentemente perfeita. Algo sem falhas. Mordi a casca vermelha e mastiguei. Era doce, assim como qualquer fruta que se comesse naquela ilha. Olhei para o mar e suspirei. Pensei no sonho que tive na noite anterior, a razão de eu ter acordado mais cedo. Aquilo não saía de meus pensamentos. Estava mais para uma lembrança do que para um sonho.

“Uma garotinha com o olhar perdido era puxada por um sátiro até uma grande casa azul. Seus cabelos loiros compridos e lisos balançavam de um lado para o outro enquanto ela corria. Eles chegaram à varanda da casa, onde um homem de cadeira de rodas jogava cartas com um homem com camiseta estampada. O sátiro começou a falar sem parar sobre coisas que ela não entendia. Semideus, monstros, deuses e outros termos que, para uma garotinha de dez anos, eram complicados. O homem na cadeira de rodas apenas assentia. O homem de camisa estampada olhava suas cartas enquanto tomava Coca Diet. Ele nem se dignou a olhar para a garota. Após todo o falatório do sátiro, o homem na cadeira virou-se para ela e sorriu.
- Seja bem vinda. Qual seu nome?
- Samantha. Samantha Grace, senhor.
Ele riu.
- Muito bem, Samantha. Esse aqui é seu novo lar. Vamos, vou chamar alguém para lhe mostrar tudo aqui.
Ele se levantou da cadeira de rodas, fazendo com que Samantha desse alguns passos para trás. A metade de trás de seu corpo era de um majestoso garanhão branco. Após o choque, ela sorriu e apontou.
- Eu gosto de cavalos.
- Cavalos são ótimas criaturas. Eu sou um centauro. A propósito, meu nome é Quíron.
Ele desceu da varanda e começou a caminhar, a garotinha atrás dele. Eles seguiram para uma área que se parecia uma arena de treinos. Um garotinho e uma garotinha discutiam. Ele tinha cabelos negros e olhos castanhos, um olhar travesso. A garota também tinha cabelos negros, mas seus olhos eram verdes. Ela parecia ser daquele tipo de pessoa bem sorridente, mas no momento estava com uma expressão de raiva no rosto. O garoto devia ser um ou dois anos mais velha que ela. A garota tinha a idade de Samantha.
- Peter, eu sei que foi você! Devolve!
- Como sabe que fui eu?
- Porque sempre é você! Devolve!
- O que está acontecendo aqui? – Quíron perguntou.
- Peter roubou minha adaga. Agora eu não posso mais treinar.
- Ela não tem provas de que fui eu!
Quíron lançou um olhar para o garoto. Apenas isso. Peter baixou os olhos e estendeu uma adaga para a garota.
- Bem que eu disse! – ela pegou a arma com raiva e a guardou na bota.
- Resolvemos isso depois, mocinho. – Quíron virou-se para os dois – Agora eu tenho outra tarefa para vocês. Quero que mostrem o Acampamento Meio Sangue para Samantha. Expliquem tudo para ela. E Peter?
- Sim?
- Não má influencie a garota.
Ele deu um sorriso travesso.
- Não garanto nada.
Quíron balançou a cabeça e depois trotou novamente para a Casa Grande. O garoto se virou para Sam.
- Apesar de já saber meu nome, não fomos apresentados formalmente. Sou Peter. Filho de Hermes. – ele estendeu a mão.
- Samantha. É um prazer. – ela o cumprimentou.
- Aquela ali é a Mary, filha de Afrodite. Ela não é tão chata assim o tempo todo.
- EI! – “Mary deu um peteleco na cabeça dele.”

Ri ao lembrar daquilo. Foi quando conheci meus melhores amigos, Peter e Mary. Depois daquilo, passamos todos os momentos juntos. Missões, corações partidos, perdas familiares, lutas. Tudo. Outra lembrança de meio a cabeça. Era bem recente, o último momento em que estive com eles. O momento em que fui recrutada para ser uma Arqueira de Apolo.

“- Qual seu nome? - ela perguntou.
- Samantha Grace. E o seu?
- Meu nome é Jessica Chang. Me diga Samantha, você sabe o que são os arqueiros de Apolo?
Fiz que não com a cabeça.
- Nós somos semideuses que seguimos o deus do sol. É uma posição muito nobre. Não são todos os que podem entrar: deve fazer por merecer. E você, Samantha Grace, fez um ato de muita coragem. Arriscou-se para salvar uma completa estanha de um monstro que poderia te-la matado em um segundo. Por isso, ofereço a você a oportunidade de se tornar uma arqueira de Apolo.
Fiquei em silêncio. Uma arqueira? Aquilo era sério?
- A profecia... - Mary sussurrou.
Agora que ela tocou no assunto, havia mesmo algo relacionado a Apolo.
- É uma oportunidade única. - Jessica disse - Pegar ou largar.
Olhei para Peter e Mary. Eles estavam sem reação. Virei-me para Jessica e suspirei fundo.
- Eu aceito.
Ela sorriu, como que satisfeita.
- Agora repita: Eu juro seguir o deus do sol entregando alma e mente. Juro guardar lealdade e respeito. Juro ter um único amor verdadeiro sem importar o que ele sente por mim. Se eu quebrar este juramento, que Apolo tire minha imortalidade e me expulse eternamente de seus domínios.
Eu repeti. De repente, me senti muito bem. Sentia-me forte, como se nada pudesse me deter. Uma aura dourada me envolveu. E daquele momento em diante eu me tornei uma arqueira.”

Passei as mãos no rosto e suspirei. Será que havia feito a escolha correta ao entrar para o grupo? Eu estava muito feliz. Todos eram muito legais comigo e eu gostava da ilha. Mas eu ainda sentia saudade de casa. Das cantorias na fogueira, do fato de o Sr. D trocar o nome de todos os campistas, do cheiro dos campos de morangos logo pela manhã. De meus amigos. Como pude trocar tudo aquilo? Uma lágrima escorreu por meu rosto. O que eu havia feito?
Um barulho me tirou de meus pensamentos. Vinha da água. Fixei meu olhar ali e dei alguns passos para trás quando notei o que era. Um telquine filhote me observava. Ele olhava fixamente para mim, sem piscar os olhos nem um segundo. Fiquei imóvel, na esperança de ele se afastar ou alguma coisa do tipo. Sua pele negra estava toda molhada pela água salgada, as orelhas pontudas se movimentavam levemente. Não era tão grande quanto os que haviam sido descritos por outros campistas no Acampamento Meio Sangue, então deduzi que era um filhote. Esse fato não me deixou menos aterrorizada. De uma hora para a outra, ele saiu da água e avançou contra mim. Minha intenção era pegar meu arco e uma flecha, mas ele já estava muito próximo. Levei a mão ao cinto e puxei a faca de bronze. A luz do sol reluziu nos olhos do telquine, fazendo-o recuar e isso me deu uma mínima vantagem. Dei um passo para o lado dei um golpe certeiro em suas costas com a faca. Ele urrou de dor e virou-se para mim, os olhos cheios de fúria. Ele correu para me atacar. Tentei desviar, mas a criatura foi mais rápida. Derrubou-me no chão e levou-me para a água. Uma dor percorreu meu corpo. Olhei para minha panturrilha e percebi que ela sangrava. As garras do demônio marinho haviam feito um corte. Tentei ignorar a dor e o sangue para conseguir me concentrar em uma forma de escapar. Com o pé livre, chutei de todas as maneiras possíveis. Acabei acertando uma das pernas nadadeiras dele, pois o telquine me soltou. Levantei-me rapidamente e puxei um arco e a flecha. A criatura se virou. Seus olhos castanhos cintilavam de ódio. Mirei e não hesitei. A flecha entrou bem na testa do monstro. Ele cambaleou e transformou-se em um monte de pó de monstro, que foi levado pelo vento. Peguei a flecha na água e guardei-a novamente.
Voltei para a areia, pronta para me sentar a analisar a gravidade da ferida em minha perna. Olhei para cima e notei que não estava sozinha. Uma empousai estava parada a poucos metros de mim. Sua pele era branca como giz, seus cabelos estavam em chamas. Eu falo literalmente, os cabelos dela eram chamas. A luz do sol reluzia em sua perna de bronze e na faca de prata que ela carregava. A outra perna era de burro. Seus olhos vermelhos transmitiam um desejo de sangue. Ela sorria, mostrando suas presas.
- Bem que senti cheiro de meio sangue. Faz algum tempo que não faço um lanchinho e estou com fome.
Tirei um cabelo do rosto.
- Pois pode procurar por outro, porque eu não vou virar lanche de ninguém.
Ela riu e correu para cima de mim. Deferiu sua faca contra meu rosto, mas consegui me defender com minha própria faca. Dei um chute em seu peito e ela cambaleou para trás. Avancei e tentei acertar seu pescoço, mas ela conseguiu se defender. Chutei sua perna de burro na esperança de derrubá-la e poder matá-la, mas ela me puxou junto. Rolamos na areia. A empousai prendeu minhas mãos, impedindo-me de fazer qualquer movimento.
- SAIA DE CIMA DE MIM, VAMPIRA! – gritei
Ela bufou de raiva, o fogo em seus cabelos aumentando.
- EU NÃO SOU...
Aproveitei sua distração e libertei-me de suas mãos, derrubando-a na areia. Tentei me levantar, mas ela cravou suas presas em meu braço esquerdo. Fiz o erro de olhar para checar o ferimento. Aquilo estava pior que minha perna. O sangue escorria e pingava de meus dedos, dando-me náuseas. Não podia permitir aquilo. Virei o rosto e livrei-me do aperto do monstro. Levantei-me e sai correndo na direção oposta, entrando na floresta. Podia ouvir os passos do monstro atrás de mim, seguindo meu rastro.
- Ficou com medo, arqueira? Não estava tão segura antes? Venha cá e lute!
Corri o mais rápido que minhas pernas permitiam e me escondi atrás de uma árvore. Sentei-me, a respiração entrecortada. Tentei pensar em alguma maneira de acabar com aquela luta. Não poderia levar a empousai para onde estavam os outros arqueiros. Deviam estar tomando café da manhã ou até mesmo dormindo. Estavam despreparados. Além do mais, eu havia vencido um cão infernal quando fui recrutada. Foi assim que provei que era capaz. Não podia ser fraca: precisava vencer aquele desafio sem ajuda.
De repente, uma ideia me ocorreu. Parecia maluca, mas foi a única coisa em que pensei. Coloquei os dois dedos indicadores na boca e assobiei o mais alto e forte que pude. O som se espalhou pela floresta, fazendo com que a empousai descobrisse onde eu estava. Levantei-me e saí de meu esconderijo, armada com a faca. O monstro sorriu ao me ver naquele estado, praticamente mancando e com o braço todo machucado.
- Ai está você. Pensei que tivesse fugido. Não é um comportamento digno de uma filha de Atena, ainda mais sendo uma arqueira de Apolo. Então, já desistiu e aceitou a ideia de ser meu lanchinho?
Um barulho de asas acima das copas das árvores. Sorri.
- Nunca.
Uma grande coruja branca apareceu. Galileu. O presente que Lady Deméter havia me dado. A ave era minha companheira e me ajudava nas piores horas. A coruja voou rapidamente e pousou no rosto da empousai, bicando seus olhos e machucando-os com as patas. Ela gritava de dor, balançava os braços em busca de algum auxilio. Eu assisti à cena, horrorizada e maravilhada ao mesmo tempo. Galileu se afastou após algum tempo. Os olhos do monstro estavam destruídos, sangue escorrendo por seu rosto. Sua pele branca agora estava marcada por arranhões profundos.
- O QUE VOCÊ FEZ COMIGO?
Não pensei duas vezes. Peguei a faca e enfiei-a no peito da empousai. Com um grito, o monstro se transformou em pó. Suspirei aliviada. Chega de aventuras por um dia. A coruja pousou em meu ombro. Fiz um carinho em sua cabeça e sorri de leve.
- Vamos. É melhor voltarmos e contar para os outros o que aconteceu.
Caminhei com a ave em meu ombro de volta para a base dos arqueiros. Eles estavam tomando café da manhã. Alguém havia contado uma piada e todos estavam rindo. Quando entrei, os olhares se viraram para mim. Bella, a líder dos arqueiros, se levantou rapidamente.
- O que aconteceu com você?
Balancei a cabeça.
- Será que eu posso limpar esses ferimentos antes de falar? Estou enjoada do cheiro de sangue.
Ela saiu do lugar onde estava e me levou para outra sala. Sentei-me em uma cama e Bella começou a tratar de meus ferimentos. Galileu pousou no móvel ao lado. A garota começou a tratar de meus ferimentos enquanto eu contava sobre a luta contra os dois monstros. Ela enfaixou meu braço e minha perna e passou alguns remédios, o que fez com que eu me sentisse muito melhor. Quando cheguei à parte em que chamei Galileu e ele furou os olhos da empousai, a coruja piou como se dissesse eu fiz isso mesmo! Foi muito legal! Acabei com ela!
Bella riu e virou-se para mim novamente.
- Podemos tirar duas conclusões dessas lutas.
Virei a cabeça um pouco para o lado.
- Quais?
- Primeira: suas caminhadas podem dar muito errado.
Nós duas rimos.
- E qual a segunda?
- Você realmente merece estar aqui. Jéssica fez a escolha certa ao recrutar você. E eu sei que sente saudades de casa, mas não deve se arrepender das escolhas que fez. São nossas escolhas que nos fazem o que nós somos.
Olhei para a arqueira e depois para a coruja. Sorri, pois finalmente eu pude me sentir em casa.

Spoiler:

The Beach [Missão One-post para Samantha Grace] Tumblr_lvmsy8TEAc1qbm633o1_500

Avaiação
Sua missão foi ótima, bem narrada, poucos erros e seguiu bem os pontos. Não tenho muito a dizer, só parabéns.

recompensas

400 xp
150 dracmas
10 flechas encantadas. [Elas seguem a trajetória que o usuário desejar num curto tempo até cair ou cravar no alvo.]
+20 HP/MP
full HP/MP
Mascote: +10HP

Atualizada

» Travel mercenary {Missão-teste para Suzannah West}
» • Where Is Winter? [missão para Alexandra Campbell e Igor Moreira]
» Twilight and Shadow [Missão de Alexandra Campbell]
» • Fichas 2ª fase (+ regras dos grupos)
» • Regras para postar fanfictions + registros